29/5/07
Actos da Plataforma Compostelá Anti-G8
Contra a cimeira do G8 ano 2007 em Heiligendamm!
Estes dias encontram-se os chefes do Estado da Alemanha, Itália, França, Rússia, Grã Bretanha, Japão, Canadá e os Estados Unidos na chamada cimeira G8 a realizar-se na cidade Heiligendamm (Mecklenburgo-Pomerania Ocidental.) Estão super protegidos pela polícia e militares, à sua vez querem manifestar a sua unidade perante os meios de informação. Como também querem apresentar-se como os líderes legítimos do “mundo civilizado” e organizam a realização de seus interesses comuns.
Ao contrário da sua política real vão dissimular compromissos encontra da fome mundial, enfermidades, pobreza e terrorismo. Como nas últimas cimeiras, miles de pessoas vão protestar encontra deste encontro e tentarão mostrar o sentido real da cimeira G8.
G8 – paz, liberdade e democracia?
A cimeira do G8 tem lugar em uma situação na qual agravam-se as contradições nos estados do G8 e no resto do mundo.
Os ataques avançados encontra dos trabalhadores e trabalhadoras em forma de agudização de leis, recortes no lugar de trabalho, no sistema social e na pensão, pertencem crescentemente à vida quotidiana. Cada vez mais pessoas estão forçadas ao desemprego, ao trabalho em condições precárias ou com salários muito baixos. Por isso milhões vivem por baixo do limiar de profunda pobreza – incluso com emprego nem sequer se lhe assegura o nível de vida anterior. Ao mesmo tempo a privatização de serviços públicos geram um empioramento neste sector para os empregados e o resto de população, que recebe menos por preços mais altos As consequências concretas são o aumento constante dos preços de aluguer, cale facção, água e electricidade, como também a eliminação de serviços no sector educacional e sanitário, os que antes estavam garantidos. Especialmente as mulheres estão afectadas de este desenvolvimento, porque estão prejudicadas em muitos sectores e os recortes têm consequências grandes para elas. Um exemplo é que as leis do Hartz IV indicam que muitas mulheres não recebem dinheiro porque dependem economicamente do ingresso da sua parelha.
Também muitos imigrantes, como parte da classe baixa, estão afectados massivamente deste desenvolvimento e onde não estejam exploráveis para o capital, os imigrantes estão ameaçados pela discriminação estatal e deportação. Aliás são utilizados como bode expiatório na situação que cada vez se agrava e por isso também estão afectados por prejuízos da sociedade, exclusão e ataques. Por último é significativo na aguçadura actual que não só os marginalizados estão afectados mas também passo a passo a maioria da população. Encontra dos ataques do capital cresce no “interior tranquilo” o protesto e a resistência em forma de manifestações massivas e greves.
A ofensiva do capital não só tem lugar a nível nacional, mas afecta os seres humanos em todas partes do mundo. Em forma de guerras, sanções económicas ou a instalação de regímens leais, respectivamente a sua ajuda económica e militar – os estados imperialistas usam todos os métodos para impor seus interesses em todo o mundo. Desta forma os estados do G8 estão envoltos directamente em guerras imperialistas ou rearmam-se para preparar-se para as seguintes guerras ou entregam armas a governos títeres co-participes das guerras. A ironia amarga é que actualmente no Afeganistão e Iraque estão em guerra encontra de regímens que eles próprios instalaram e apoiaram enquanto estavam úteis para eles. As vítimas seguem a ser em todos os casos a maioria da população.
Os estados do G8 asseguram o seu acesso a recursos naturais e mão de obra barata com o apoio de instituições como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial ou a OMC (Organização Mundial do Comércio), com tratados comerciais como o Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (AGCS) ou em forma de influência directa dos regímens nos diferentes países- todos eles a expensas das populações dos países afectados. Milhões de seres humanos de Europa oriental até Ásia, África e América Latina estão exploradas brutalmente em fábricas de mão de obra barata (Maquilas) e seus fundamentos de vida estão destruídos pelo roubo dos recursos naturais. Os projectos da construção de represas na Índia, que causam em algumas regiões pobreza e fluxos de refugiados ou os programas de adaptação estrutural que causam na Argentina uma vaga de empobrecimento, são só dois exemplos dos incontáveis no mundo que mostram as consequências directas da política do FMI e o Banco Mundial.
A resistência dos afectados encontra dos ataques militares ou as condições de trabalho inumanas, ou encontra do roubo dos recursos naturais está suprimida directamente pelos rapinas do capital ou através de regímens leais com os seus aparelhos de estado, a polícia, os serviços secretos e o militar.
Este comportamento do capital, respectivamente de seus representantes, é a expressão de uma concorrência agravada entre as grandes empresas e as ubicações diferentes, tal como a dificuldade de seguir com a realização da ganância aumentada Para solucionar esta crise, trata-se de intensificar a exploração, reduzir os gastos sociais, transformar todos os sectores da sociedade conforme os interesses de aproveitamento e garantir os mercados mundiais -os que estão mais ou menos repartidos-, o que significa é que existe muita competência em este processo.
A cimeira da G8 foi criada para calmar as contradições entre os imperialistas e dado o caso definir as zonas de influência; um exemplo concreto é a disputa aduaneira de Estados Unidos e da União Europeia, ou a aquietação da competência das moedas Euro e dólar.
Ao tempo o G8 serve para unir e decidir estratégias de contra-insurgência e estratégias de exploração, assim como transfigura-las publicamente como medidas “necessárias” ou inclusive com “interesse comum”.
Quem não luta está perdido!
Existem suficientes razões para tomar o G8 como ponto de arranque para manifestar e mostrar em diferentes formas a resistência contra a política da classe dominante, cujos representantes mais poderosos estão nesta cimeira. A mobilização deve ser organizada pelas pessoas que aqui estão afectadas pelo desmonte social, as leis de Hartz IV, privatizações, recortes dos salários, prolongações do horário laboral, discriminação fascista e opressão patriarcal; e devido a isto estão interessadas em mudar esta situação.
Mas a mobilização deve ser também uma plataforma para os movimentos progressistas e revolucionários em todas partes do mundo, para que eles podam apresentar e propagar a sua luta nas metrópoles capitalistas; uma luta que está encontra da exploração e miséria capitalista de grande parte da população nos países afectados, contra o saqueio imperialista dos seus recursos naturais, contra a expulsão, ocupação, guerra e os ataques da oligarquia.
O intercâmbio com os movimentos de libertação com a sua experiência grande e valiosa, tem também a função de desenvolver estratégias contra o inimigo imperialista comum. A resistência contra a ofensiva capitalista que temos aqui, tem que relacionar-se com a solidariedade a os diferentes movimentos revolucionários e progressistas em todas partes do mundo, para coordenar acções conjuntas e desenvolver uma perspectiva comum.
Desde a resistência à perspectiva!
Mas o protesto e a resistência não devem reduzir-se aos fenómenos da política dos estados capitalistas. Quem realmente quer mudar as coisas, tem que analisa-las e entende-las. Os fundamentos da política dos estados do G8 no concreto são os fundamentos do sistema capitalista em geral. Estes fundamentos são a exploração, a concorrência e a propriedade dos meios de produção por uma minoria que possui o poder na sociedade. Com esta base mudanças emancipadoras não são possíveis, porque os direitos e necessidades dos seres humanos e a protecção do meio ambiente estão submetidos a uma lógica de ganância. Todas as demandas aos que se enriquecem e aos que administram este sistema, tais demandas por uma forma mais social do sistema ou pelo menos concessões mínimas, são absolutamente sem perspectiva, sobretudo na grave situação que temos actualmente
Mas o desenvolvimento actual também mostra evidentemente que o sistema capitalista com a sua exploração e opressão sempre produz também a opção da sua superação: as pressões capitalistas e a suposta debilidade dos explorados leva à situação que a luta de classes se agrava mais e mais também nas metrópoles capitalistas e por isso os afectados estão obrigados a reflexionar e encontrar outras e novas alternativas.
Os enfoques reformistas e do compromisso de classes da social-democracia e dos líderes sindicais levam ao vazio nesta situação, ou manifestam-se abertamente ao lado do capital e acentua-se a tendência a que perdam o seu rol como factores integradores. Exactamente com este desenvolvimento surge novamente a possibilidade de uma transformação real das coisas até uma sociedade liberada. Os princípios de novos movimentos de protesto massivos, greves e começos de diferentes formas de organizar-se, são os primeiros indícios que os tempos nos que havia silêncio nos estados do G8 e nos que as contradições foram deslocadas fora, estão rematando.
Junto aos focos de tensões nas diferentes partes do mundo, os movimentos e organizações revolucionários, com a sua experiência de decénios, desde Nepal, Índia, Colômbia e as Filipinas até México, o capital também está confrontado, mais e mais nas metrópoles com uma situação que é objectivamente precária. O rearmamento preventivo do interior e o procedimento mais forte encontra dos protestos sociais, de maneira difamada pela prensa burguesa, a forma de supostas ofertas integrantes ou a forma do comportamento brutal da polícia, já mostram como o problema deve ser solucionado. As consequências das greves relativamente pequenas na indústria da automóvel, nos aeroportos ou nos serviços públicos, anunciam o poder da classe trabalhadora e mostram que consequências teriam lutas mais grandes e melhor organizadas e sobre todo uma greve geral.
Também as lutas nas outras partes do mundo, como as ocupações das fábricas em Argentina, os protestos massivos e os levantamentos na França face aos ataques contra a protecção pelo desemprego, as lutas guerrilheiras e greves militantes e políticas em Nepal e Colômbia ou as muitas incontáveis lutas laborais mostram que as diferentes formas de lutar são possíveis e que as respostas aos ataques do capital devem ser desenvolvidas aqui também.
Por isso é necessário que os protestos e lutas isoladas sejam relacionadas ao denominador político comum: o reconhecimento do sistema capitalista como causa do desenvolvimento e a aspiração da sua superação. As mobilizações contra o G8 podem ser uma ocasião para unir-nos, discutir e trocar experiências. Podem-se usar para transmitir a crítica das condições dominantes e a necessidade da sua transformação revolucionária, tal como reunir as estruturas existentes e fortalece-las desta maneira.
O decisivo é o que se desenvolve a partir deste processo. Só com um processo contínuo das forças revolucionárias de diferentes níveis e o desenvolvimento de uma teoria e prática bem fundada, poderemos realmente superar o capitalismo e realizar uma forma de sociedade liberada.
Os protestos e movimentos imediatos devem ser utilizados para avançar com a organização e para chegar desde a resistência até a construção de uma perspectiva.
A participar na Aliança Anti-G8 por uma perspectiva revolucionária!
Queremos usar a mobilização encontra do G8, numa situação na qual as contradições agravam-se, para conectar a luta em defesa dos ataques no interior e a nível mundial, com a luta por uma sociedade liberada. Por isso para a mobilização não só significa a demonstração de uma teoria e prática revolucionária mas também a organização de estruturas comuns e profundas que sigam existindo mais para lá.
A cimeira do G8, sobretudo na situação actual é uma ocasião importante para a esquerda revolucionária, a luta de classes e internacionalista. Uma mobilização bem-sucedida pode ser o começo de um movimento revolucionário reforçado.
· Resistência encontra do ataque geral do capital!
· Pela luta de classes nas empresas, escolas e universidades, contra o desmonte social, a prolongação do horário laboral e contra o recorte de salários e pensões!
· Não à agenda de Lisboa, Não à Directiva Bolkestein, à flexibilização dos serviços e das condições de trabalho!
· Não à guerra imperialista e à ocupação! Pela imediata retirada dos exércitos de ocupação do Iraque, Afeganistão e Palestina! Não ao Plano Colômbia! Não ao Plano Patriota!
· Solidariedade com todas as forças revolucionárias e emancipadoras e com a sua luta encontra do imperialismo!
· Pela luta encontra de todas as posições reaccionárias e inumanas! Pela luta contra o racismo, o patriarcado, e a homofobia!
· Não ao FMI, Banco Mundial, OMC e ao Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (AGCS)! Pela supressão das dívidas dos países do Terceiro Mundo!
· Não à União Europeia imperialista! Não ao exército europeu!
· Não a racismo e à opressão nacional! Não à fortaleça europeia! Pelas fronteiras abertas! Contra todas as restrições de imigração e estância! Direitos para todos!
· Contra a exploração destrutiva da natureza e do meio ambiente!
· Liberdade para todos os presos políticos do mundo inteiro! Não às listagens anti-terroristas! Resistência não é terrorismo!